As criticas da nossa imprensa

Aqui ficam alguns links para criticas ao concerto dos Maiden de 5ª Feira passada que descobri numa consulta rápida pela nossa imprensa 'especializada'. Desde opiniões sérias a bordoadas de quem nem sequer lá pôs os pés, há de tudo um pouco :

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=163763&idselect=185&idCanal=185&p=94

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1226116&idCanal=14

http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/news.asp?id_news=14681

Maiden no Pavilhão

Mais um fantástico concerto de Maiden a comemorar 25 inesqueciveis anos de carreira. Os DragonForce trataram de aquecer o maralhal na 1ª Parte mas acabaram por sair prejudicados pela pobre qualidade do som. Ainda assim puseram a malta a mexer, pelo menos até aos bares para o habitual abastecimento da loura maravilha. Depois veio a banda que todos esperavam e quase que todos deseperaram com a ridícula qualidade inicial do som. Passados alguns minutos e alguns ajustes nos decibeis destinados à voz de Bruce a coisa lá melhorou. Valeu o facto de toda a gente (pelo menos os fans mais antigos) conhecer as letras de cor para mais facilmente se integrarem no meio da cacofonia musical. Os Maiden debitaram apenas temas dos primeiros 4 albúns, numa onda muito nostálgica mas sempre brilhante pelo início da banda nos primórdios dos anos 80. Mereciam melhor som e também um público mais numeroso, em relação ao concerto de há 2 anos o pavilhão estava mais despido, especialmente no anel superior em que rareavam os espectadores. A crise económica chegou também à música. :)
Em termos de espectáculo e entrega da banda em palco foi mais uma bela actuação, cheia de ritmo e energia com uma colaboração fenomenal de um público barulhento e interventivo, sempre a acompanhar todos os acordes. Para o ano há mais.

E por falar em música...

No curto espaço de mês e meio actuam em Portugal 2 das minhas bandas favoritas, senão mesmos as minhas 2 bandas favoritas. Iron Maiden, amanhã no Pavilhão Atlântico, uma retrospectiva dos 4 primeiros albúns de uma carreira que já conta com 25 anos de sucessos a um nível superior. E pela segunda vez em Portugal (na 1ª vez ainda não os conhecia), dia 28 de Julho, a abrir o Festival de Vilar de Mouros, Nightwish. Se para amanhã o bilhetinho já está no bolso, para Julho ainda se vai ter que combinar uma excursão ao Norte e vai ser necessário convencer uns quantos manelinhos. De uma maneira ou de outra eu vou lá estar.

Redescobrindo Roupa Nova

Corria o ano de 1987 (mais coisa menos coisa) e um colega de escola falava-me de uma banda brasileira da qual ele gostava muito, de seu nome Roupa Nova. Claro que inicialmente fartei-me de gozar com a cara dele, nunca uma banda com um nome tão ridículo e ainda por cima brasileira (na altura do Brasil só chovia musica tipo Roberto Leal) poderia alguma vez satisfazer os sofisticados gostos de um rapaz de 13 anos. O que é facto é que esse amigo me gravou uma cassete para eu ouvir e foi tiro e queda. Devo ter ouvido aquela cassete umas boas centenas de vezes tal era a paranóia que gerou em mim aquela música linda. Neste fim de semana, a caminho da praia, a mulher do meu primo teve a boa idéia de retirar o cd das músicas do Benfica que impesta o carro deles e colocar a tocar um cd de Roupa Nova ao vivo, versão acústica gravada em 2004. Foi simplesmente incrivel a torrente de emoções e recordações que me invadiram imediatamente música após música. 18 anos depois ainda conheço as letras todas de cor e continuo a adorar a sonoridade desta banda fabulosa. Claro que o cd já está gravado tal como mais uma série de músicas que encontrei após uma rápida consulta pela net. Impressionante também o facto de muitas das letras coincidirem com o momento que agora atravesso e com as quais facilmente me identifico. A vida é mesmo uma caixa de surpresas.

O Recomeço

Há alguns momentos apenas fui até ao terraço da minha casa fumar um cigarro e constatei algo importante. Pelo menos foi algo suficientemente importante para voltar a escrever depois de tantos meses de ausência. Olhando para o céu limpo e estrelado reconheci a constelação da Ursa Maior, ligeiramente à esquerda da minha casa. Por uma coincidência engraçada tinha observado a mesma constelação directamente por cima de mim há apenas 2 dias atrás nos céus da Tunisia, país de onde cheguei ontem. Apesar da enorme distância que separa os 2 pontos de observação, compreendo então que quando comparada com a vastidão do universo e das estrelas que observei, a terra não passa de um grão de areia no deserto. O mesmo se aplica aos seres humanos, na escala celestial somos apenas fagulhas que se elevam do fogo universal para se extinguirem depois de um milésimo de segundo de brilho intenso. Quão insignificantes me parecem agora algumas angústias passadas e quão urgente a certeza de aproveitar o pouco brilho que me resta, antes da eterna escuridão da noite.