A estupidificação do povo
No passado dia 24 de Maio, uma 2ª Feira, enquanto fazia o habitual zapping pelos cinquenta e tal fabulosos canais que a TvCabo nos 'oferece' e onde raramente existe alguma coisa que se aproveite, deparei-me com uma agradável surpresa ao passar pela RTP 1. Nessa noite o primeiro canal nacional teve a feliz idéia de apresentar um filme de excelente qualidade de seu nome "Les Rivìeres Pourpres". Mistura de clássico policial francês com o cinema moderno que por lá se faz nos nossos dias, um pouco a emitar o americano pois então, que as audiências também contam, este é um dos meus filmes favoritos com Jean Reno, que tem aliás aqui um papel à sua exacta medida. Não sendo um actor muito dotado no plano da verbalização dos sentimentos, tem no entanto uma postura invejável sempre que encarna personagens como aqui o Comissário Pierre Niemans, um tipo calado, duro, violento q.b. e que intimida com um simples olhar. Vincent Cassel, outro nome que começa a atingir certa projecção no cinema Europeu e não só, co-protagoniza com uma actuação sólida, adicionando o elemento de acção ao filme. O principal mérito desta obra vai no entanto e sem sombra de dúvida para o trabalho de realização de Mathieu Kassovitz, o talentoso e multi-facetado actor que brilhou a grande altura no inesquécivel "Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain". Ele consegue transformar aquela que é uma história algo complicada e retorcida num filme inteligente e que prende a atenção do espectador do início até (quase) ao fim. Apesar de possuir o DVD do filme e de o ter visto mais do que meia dúzia de vezes detive-me um momento no primeiro canal, até porque se estava a passar por uma das minhas cenas favoritas, um diálogo bastante divertido , exactamente quando a personagem intrerpretada por Vincent Cassel, o outro policia da história, nos é apresentado pela primeira vez. Ora qual não é o meu espanto quando noto (também não era muito difícil notar) que os diálogos estavam todos em inglês, lingua que substituía macarronicamente o belo francês original. Resistindo à tentação imediata de mudar o canal assisti a não mais de dois minutos de filme pelo que pude apreciar, ainda para mais sendo conhecedor do verdadeiro conteúdo, o mau trabalho de dobragem que foi feito, o péssimo som da versão que estava a ver roçava mesmo o ridículo. Já para não falar dos próprios diálogos que de repente se tinham transformado em conversas banais entre bêbados nas traseiras de um bar em Chicago, descaracterizadas e sem a côr original, simplesmente vazias de sentido. Nada como os americanos para tirarem todo o sentimento a um filme. Apesar de ser liminarmente contra qualquer tipo de dobragens, assisti durante muitos anos no M6 (excelente canal generalista francês que foi recentemente retirado da grelha, vá-se lá saber porquê...) aos X-Files, que sempre andaram adiantados pelo menos 1 série em relação à TVI. Os tipos da M6 têm o mau hábito, à semelhança da maior parte dos canais europeus, de dobrarem tudo o que não encaixe na sua lingua materna, mas fázem-no com uma qualidade invejável. No caso dos X-Files, a qualidade era tão grande que chegaram ao ponto de contratar 'actores' com vozes o mais parecidas possivel com David Duchovny e Gillian Anderson, de tal forma que eu deixei de conseguir destinguir as vozes das dobragens dos originais Mulder e Scully quando mais tarde adquiri os Dvd's da (fantástica, maravilhosa, épica) série. Felizmente que no nosso país a moda das dobragens ainda não vingou. A RTP e a inevitável TVI (o ex-canal católico está sempre na vanguarda de tudo o que é estupido e mau) tentaram-no aqui há uns anos, mas na altura a coisa não pegou. Tenho porém receio que novas tentativas vão surgir pelo que me vou mentalizando que qualquer dia ainda vamos acabar por ver o Eddie Murphy dobrado em português com um sotaque africano. Pelo menos é o que acontece quando se dobram filmes de animação em Portugal, se o actor é preto tem de ter um sotaque africano, ainda não se deram conta que os americanos falam todos da mesma forma, independente de serem pretos ou brancos e que os diferentes sotaques por eles empregues são próprios das regiões de onde são oriundos e não da raça ou côr da pele. Qanto às dobragens, sinceramente nunca compreendi o interesse de reduzir tudo a uma forma mais simples de compreensão e de assimilação por parte do espectador. Será muito dificil ler as legendas ? Será complicado ou negativo ir aprendendo umas frases e expressões noutras linguas que não a nossa ? Será que isso não nos torna mais cultos ??? Mais abertos aos outros povos e à sua maneira de se expressarem ? Eu cresci no tempo em que os desenhos animados não eram dobrados, vinham todos no inglês original, salvo nos fabulos programas de Vasco Granja, em que a animação, na sua maioria com origem na europa de leste, aparecia legendada. E cedo cheguei à brilhante conclusão de que se queria perceber mais daquilo que via o melhor era aprender a ler, depois ler mais depressa senão as legendas desapareciam, e mais tarde o ideal era mesmo perceber o que os tipos diziam na sua lingua de origem. Ora o facto de não perceber tudo o que via na televisão não me impedia de, para aí desde os 6 anos de idade, me levantar cedo aos sábados de manhã, tal como milhares de outras crianças, para ir ver os bonecos. Nada disso me prejudicou, antes pelo contrário, foi assim que aprendi a falar inglês, francês, espanhol, italiano e ainda a dizer umas merdas em alemão.
'Nous sommes les maîtres, nous sommes les esclaves.'
'Nous sommes partout, nous sommes nulle part.'
'Nous maîtrisons les rivìeres pourpres.'
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By Anónimo, at 11 de janeiro de 2006 às 03:16
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