Badasso's Blog

segunda-feira, junho 21, 2004

Mais um episódio para mais tarde recordar

Ouvi em diversos canais televisivos antes e depois da partida que ontem era o dia certo para 23 anos depois nos vingarmos dos espanhois. Vingámo-nos não sei bem de quê, nunca soube que estivessemos em guerra com os nossos vizinhos do lado, principalmente quando dependemos tanto deles no plano económico para sobreviver enquanto nação. No plano puramente desportivo que é onde a referida vitória deve encaixar fizemos uma exibição e um resultado histórico, daqueles jogos que vou recordar até morrer. Este Espanha - Portugal vai direitinho para a prateleira de recordações de longa duração, juntamente com outros emocionantes mas nem sempre felizes resultados. Assim que penso nisso logo me vêm à memória um França - Portugal em 1984 e outro em 2000, ambos para o Campeonato da Europa, um Roma - Benfica em 1983 para a Taça Uefa (jogo que me levou finalmente a estabelecer-me como adepto ferrenho do clube encarnado), um Arsenal - Benfica em 1991 para a então Taça dos Campeões Europeus. Sem esquecer a vitória portista na mesma Taça na época de 86/87 bem como as derrotas benfiquistas em 87/88 e 89/90. Entre outros grandes jogos, alegres vitórias e amargas derrotas devo por demais destacar aquele que para mim foi a melhor partida de futebol a que assisti em toda a minha vida. O Itália - Brasil no mundial de 1982 em que os italianos venceram por 3 - 2. Esta minha opinião é sem dúvida algo duvidosa já que o referido jogo se passou há 22 anos e a memória tem a irritante tendência de não ser fiável, algumas coisas desaparecem outras são acrescentadas. De qualquer forma lembro-me perfeitamente de vários momentos da partida em questão e apesar dos 8 anos que tinha na altura, recordo-me da alegria imensa que acompanhava cada golo brasileiro bem como a profunda decepção com que a partida terminou, levando-me inclusivamente às lágrimas. O curioso é que apesar de eu gostar imenso da equipa brasileira e das suas estrelas, Falcão, Zico e principalmente Sócrates, a equipa que eu mais admirava era a Alemanha. Já nem me recordo porquê mas nos jogos de bola com os amigos cada um de nós era sempre um jogador alemão, eu era o Pierre Littbarski, extremo esquerdo que jogava com o número 7 e que aliava a técnica à extrema inteligência em campo.

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