Badasso's Blog

sábado, agosto 21, 2004

Quase um grande dia

Hoje fui até à praia pela manhã. Céu azul, boa temperatura e um banho retemperador ainda que desgastante no oceano. Depois, uma bela almoçarada ao ár livre e uma viagem tranquila ao fim da tarde até Lisboa. Chegado a casa, tomo um belo duche e sento-me confortávelmente em frente ao televisor para ver o que estava a dar. Logo no início do habitual zapping e ao passar pelo canal 4 (esse mesmo que estão a pensar) verifico agradavelmente surpreendido que não existe imagem, apenas o calmo e silencioso ecrân pintado de preto de alto a baixo. Passam-se 15 segundos e eu, feliz da vida, já imaginava uma avaria daquelas gravissimas que demorassem uns 2 meses a resolver, o que pouparia ao país 60 dias de estupidificação das massas residentes e telespectadoras do referido "canal". Claro que passados mais alguns momentos a imagem retornou em todo o seu fulgor e violência, ainda por cima com o sketch de promoção dos "Batanetes", no que constituiu sem dúvida uma dura queda de volta à realidade.
Quase, quase um dia perfeito...

sexta-feira, agosto 20, 2004

Nomes do Demo

Aqui fica uma listinha de nomes reais de cidadãos portugueses a exemplificar que também cá pelo burgo existem nomenclaturas assaz estapafúrdias :

- Miguel Nuno Lésico Pilonas
- Waldemar Balhau Ferreira Piedade
- Senhorinha Luísa Galhanas
- Maria Júlia Esquetim Vintém Águas
- Joãozinho Xeque Mamblecar
- Mariazinha Teotónia M M Beda Luís Fialho
- Júlio Secúndino Basaloco
- Dchovralia Rosa Pimentel Melo
- Ester Jovita Bito Condecas Pereira
- Traciano Aldino Vilar Serra Tarrozo
- Colinette Bárbara N A Passos Ângelo
- Verediana Maria Alvarrão Paté Oliveira
- Violante Solposto Tinoco

A presente compilação foi feita por uma colega que ao longo de vários anos foi coleccionando os nomes à medida que estes surgiam nas bases de dados em que trabalhava. Os meus preferidos são sem dúvida o Pilonas e a Colinette. Imaginem uma filha deste casal, a Colinette Lésico Pilonas. Brilhante!

P.S. : Se por ventura algum dos visados passar pelo presente blog, não se esqueçam que não estamos a rir de vocês mas sim com vocês.

quinta-feira, agosto 19, 2004

The Stupid Criminal

Interessante a história que vi ontem na SIC Noticias. Parece que da parte da manhã, 2 cidadãos brasileiros decidiram assaltar à mão armada uma ourivesaria em Castelo Branco. Entraram quando apenas se encontravam 2 funcionárias no estabelecimento e sob fortes e violentas ameaças consumaram o furto escapando-se com cerca de 60.000 Euros em ouro e jóias. Até aqui um asssalto perfeitamente normal e dentro das regras contidas no guia do bom assaltante. A questão interessante é que os larápios, após o acto efectuado, se terem posto em fuga num... taxi. Exactamente, os tipos vão para um assalto e ignoram uma das regras mais básicas do mundo do crime, se não me engano a regra 27 : "Se vais para um assalto trata de roubar primeiro um carro para a fuga". Toda a gente sabe isto, é cultura geral. Claro que os dois brasucas eram declaradamente amadores e foram caçados pela policia ainda o táxi não tinha avançado 200 metros. Daqui concluo que o país não ganha nada em importar criminosos de tão baixa qualidade. Desta forma os nossos ladrões nunca poderão sequer ombrear com os melhores da europa, quanto mais do mundo. Impõem-se medidas urgentes que acautelem estas situações e que sirvam para proteger e proporcionar formação adequada e de qualidade ao larápio nacional.
Mais criminosos estúpidos não!!!

quarta-feira, agosto 18, 2004

A minha visão olimpica

Do pouco que tenho acompanhado das olimpíadas, devo destacar um momento que considero histórico. E não sou só eu a considerá-lo, a opinião é unânime. Refiro-me ao acontecido no último Domingo no jogo USA - Porto Rico a contar para o torneio olimpico de basket. Esta foi sempre uma das minhas modalidades favoritas e lógicamente sempre acompompanhei com grande interesse a actualidade do melhor campeonato do mundo, a NBA. Lembro-me que quando ainda andava no liceu conseguia recitar de cor os plantéis completos das (então) 27 equipas que constituíam esse fabuloso campeonato, tal era o meu entusiasmo ou desvario pela modalidade. À medida que o tempo passou o entusiasmo foi esmorecendo, principalmente a partir da retirada do artista principal, um tal de Michael Jordan, que deixou um vazio impossivel (ou quase) de preencher. De qualquer forma continuo a acompanhar de quando em vez as transmissões dos jogos pela SportTv, apreciando de sobremaneira a competencia dos comentários do eterno Carlos Barroca, aquele que aliás considero o único comentador desportivo sério e competente em Portugal. Quanto ao jogo de Domingo, esperava um confronto interessante até porque a equipa Porto-Riquenha conta já com alguns atletas que evoluem no campeonato americano, mas nunca pensei que constituissem um sério obstáculo à vitória do actual Dream Team. A questão é que mais uma vez os americanos não trouxeram os melhores jogadores, ficaram-se por 2 ou 3 estrelas e mais uns quantos carregadores de piano, todos eles bons atletas sem dúvida, mas que não possuem a qualidade necessária para se superiorizarem facilmente às melhores selecções mundiais. O que vi nesta partida foi algo que relmente nunca tinha visto, os americanos a levarem um autêntico banho de bola, chegando ao final com uma desvantagem de 19 pontos, isto depois de passarem toda a partida a perder. O que vi também foi uma falta de atitude competitiva gritante, com Larry Brown a fazer rodar todo o banco, dando minutos a todos eles como se se tratásse de um jogo de exibição. Além disso os americanos estiveram bastante mal no plano táctico, nunca conseguindo explorar convenientemente a defesa zona muito fechada dos portoriquenhos, onde seria necessário arriscar nos lançamentos longos ou apostar em homens fortes e altos no interior da área pintada. Por tudo isto e pela atitude de vedetas que mostraram ao longo da partida, claramente esperando que a camisola e a bandeira fizessem o trabalho por eles, mereceram bem a pesada derrota infligida. Ontem contra os gregos esteve para se repetir a história, mas os americanos tiveram mais sorte e também outra atitude, diga-se. Apesar de tudo venceram apenas por 5 pontinhos e melhor será que se convençam que ou trazem os melhores ou o tempo das favas contadas já lá vai.
Por falar em favas contadas, eu não vi o jogo mas pelo que li e ouvi, houve aí uma equipazita de futebol que começou o torneio a pensar que eram os maiores e que levou 4 bombas de uns iraquianos mais habituados às corridas de camelos do que ao pontapé na redonda, isto depois de passarem 90 minutos à bordoada ao adversário. É a vida.

sexta-feira, agosto 13, 2004

Caramba!!!

Ontem, numa pausa do trabalho quotidiano, uma das minhas colegas contou-me como estreou o apartamento que acaba de comprar. Pegou em 4 amigas, todas elas solteiras e boas raparigas na casa dos 20 anitos e foram dormir todas juntas lá para casa, casa essa que aliás ainda está vazia. Portanto, dormiram as 5 no chão da sala, partilhando uns quantos sacos cama. Isto depois de estarem nos copos até às tantas da manhã. Após uma conversa tão violentamente gráfica e considerando que eu não tinha sido convidado para o acontecimento, tomei a única atitude possivel naquela situação. Arrumei as coisinhas, peguei no casaco e na mala e fui-me embora. É que deixou de existir qualquer condição para trabalhar.

segunda-feira, agosto 09, 2004

O peso do Monstro

Irresistível o artigo cujo link aqui vos deixo e que nos dá muito que pensar. A todos, como portugueses, como cidadãos, como contribuintes.
Se a leitura a partir de uma certa altura chega a ser repetitiva e desnecessária (rapidamente se percebe a idéia subjacente à coisa) mais interessante será darem uma vista de olhos aos comentários que foram feitos ao post (às dezenas deles).
Já agora aproveito para deixar aqui também o meu testemunho e contributo da experiência que tenho no seio da função pública, onde tenho passado grande parte dos últimos 5 anos, ao serviço da empresa onde trabalho. De tudo aquilo a que tenho assistido e garanto-vos que tenho assistido a situações bem escabrosas, aquilo que me parece mais flagrante e intolerável é o facto de à medida que se vai subindo na hiérarquia menos capazes parecem ser as pessoas. Isto com as devidas excepções como é natural. Cedo se torna óbvio que a partir de certas posições as pessoas que ocupam os cargos fazem-no não por mérito ou competência mas sim porque alguém ali os colocou. Além disso noto que aqueles que têm vontade e capacidade de mudar algo, geralmente as pessoas mais jovens que acabaram de aterrar lá no sítio, rapidamente são postas de parte e rotuladas de incompetentes pela malta mais experiente, que tem como grande mérito saber sempre como as coisas funcionam. Naturalmente que sabem tudo pois repetiram os mesmos gestos mecânicos e vazios de sentido durante a vida inteira, muitas vezes sem sequer se interrogarem das razões por que procediam assim. Desta forma perpetua-se o ciclo vicioso da deseducação do funcionário público, onde os jovens são rapidamente assimilados pela letargia e o deixa andar da malta que mais não faz que esperar pela hora da saída e pelo dia de meter os papéis para a reforma.

De volta à carga...

Reparem bem na noticia que hoje descortinei no site oficial do glorioso :
"Terminaram dia 6 de Agosto às 15h00, as vendas online e através da linha SLB para o jogo Benfica-Anderlecht. Todos os bilhetes que tenham sido adquiridos na loja online do site após o dia 5 às 18 horas deverão ser levantados na morada Largo da Lagoa, 15 A, 2795-116 Linda-a-Velha. As entregas decorrerão nos dias 7 (Sábado), 9 (2ª feira) e 10 (3ª feira) entre as 10 e as 18 horas. Lotação Esgotada".
Concluindo, eu fui muito burro quando me dirigi ao estádio da Luz para adquirir o meu ingresso quando poderia tê-lo feito comodamente em casa pela internet ou pelo telefone. Depois, só teria de trocar a fila no estádio por outra em Linda-a-Velha.
Viva a tecnologia e o uso que os responsáveis do Benfica fazem dela.

Del Neri, vou ter saudades pá

Devo dizer que fiquei decepcionado e profundamente abatido com o despedimento de Del Neri do cargo de treinador do Porto. Não porque gostásse muito do signore mas porque o considerava como uma das principais chaves para o Benfica poder chegar ao título esta temporada. Infelizmente os responsáveis do clube nortenho, que geralmente até não são nada ceguinhos, comungaram plenamente da minha opinião e puseram o camarada a andar antes deste poder causar grandes estragos. É pena, com aquele esquema da defesa em linha a carreira portista na superliga ia ser uma festa, mas o Da Costa teve de estragar a surpresa, enfim, o desmancha prazeres do costume.
Interessante é a alternativa que imediatamente encontraram para substituir o italiano, há até quem diga que a alternativa, neste caso o espanhol Victor Fernandez já se encontrava num hotel em Portugal ainda antes do verniz estalar. Por outro lado fala-se de outros nomes que terão recusado o convite do campeão europeu, nomeadamente o do francês Claude Puel, treinador do Lille. Claro que quando comparados com o pecúlio que Mourinho amealhou em 2 temporadas à frente dos dragões é um pouco difícil entusiasmar um adepto azul e branco com tais nomes, mas agora pergunto eu, e como é possível que os referidos adeptos tenham sido convencidos que Del Neri era uma solução viável para um clube com tantas aspirações ?
Reparemos então no extenso currículo do cavalheiro : começou no Nocerina da c/1 em 95/96 (equivalente à nossa IIIª divisão), depois passou para o Ternana da Série B em 98/99 e finalmente o grande salto para o poderoso Chievo Verona em 2000/2001 onde conseguiu, não sem mérito naturalmente, levar o clube da série B à série A, onde permaneceu 3 temporadas antes de ingressar no Porto.
Visto o cenário parece-me que o Sr.Pinto da Costa e companhia são capazes de vender o que quer que seja a que preço fôr e que os adeptos portistas andam a acreditar em tudo o que lhes metem à frente. Considerando o preço pelo que conseguiram vender o Paulo Ferreira...

quinta-feira, agosto 05, 2004

Qualquer dia farto-me de vez...

Hoje fui até à Luz dar um passeiozinho. Saí do trabalho por volta do meio dia e dirigi-me na companhia de 2 amigos ao estádio do glorioso para adquirir o ingresso que me permitisse assistir ao desafio inaugural da Liga dos Campeões frente ao Anderlecht. Logo de manhã tinha lido num dos blogs que diáriamente consulto que as filas de espera chegavam a demorar 1 hora pelo que não foi sem alguma preocupação que iniciei a viagem. Lá chegado deparo-me com uma fila já considerável, era hora de almoço e quem tem emprego ou não está de férias só se pode dirigir ao estádio a essa hora. Seriam umas 50 pessoas, mais coisa menos coisa, que aí esperavam pacientemente e sob um sol que teimava em queimar cada vez mais, pela sua vez. Sombra que é bom nem vê-la. Quem se dirige ao novissimo Estádio da Luz tem de esperar e desesperar ao sol para comprar o seu ingresso. Inclusivamente só existem 2 bilheteiras em funcionamento, onde o atendimento é feito a conta-gotas. Isto num clube que segundo o seu presidente afirma, tem condições para se tornar a instituição desportiva com mais associados em todo o mundo. Deve ter deve, gostava de saber é onde é que as condições andam escondidas... Devem estar a guardá-las para o Natal.
Depois de aguentar 20 minutinhos na fila e já a suar considerávelmente concluímos numa decisão conjunta, informada e democrática que tudo aquilo era uma enorme perda do nosso tempo. Do nosso e das empresas que nos pagam o ordenado. Vai daí decidimos gastar o dinheiro destinado aos bilhetes numa bela refeição no novissimo restaurante "A Catedral da Cerveja", situado no interior do estádio e com uma mágnifica vista para o relvado. Infelizmente a refeição não correu pelo melhor pelo que mais valia ter metido o dinheiro ao bolso e ir comer uma bucha nalguma tasca. Provavelmente teriamos sido mais bem servidos. Para começar a comida escasseava no prato, aquilo não são doses para homens a sério. Irritam-me solenamente os restaurantes que tentam parecer finos servindo doses diminutas, como se tal coisa fosse apanágio de qualidade. Mas enfim... O serviço, esse foi demorado e de inferior qualidade. Para não variar, o número de empregados é insuficiente para o número de clientes, pelo que a refeição demorou bem mais do que devia. No final e quando veio a conta os habituais bónus de coisas que não tinhamos consumido. Situação clássica a que a malta já se habituou a estar atenta. Findo o pseudo-banquete rumámos de novo ao exterior passando pela bilheteira onde tinhamos estado, agora com a fila pela metade mas debaixo de um calor já completamente insuportável. No total das contas tinhamos a apresentar um débito de 3 horas perdidas a deambular pela cidade, isto sem grandes resultados prácticos.
Agora pergunto eu, quem ganha com isto ? O Benfica não ganha de certeza, vi imensas pessoas que se foram embora com cara de quem não volta lá mais. Já sei que sempre que começa uma época nova as pessoas esquecem-se do que se passou na anterior mas ao ritmo a que estas situações se repetem talvez as coisas passem a mudar. Eu inclusivamente decidi deixar de lado as competições europeias para esta época, irei apenas aos jogos do campeonato porque já tenho o cativo garantido, e mesmo para isso foram necessárias 6 horas de espera. As pessoas sentem-se mal tratadas com estas situações e deixam de ter gosto em ir à bola, mesmo aqueles que são benfiquistas desde pequeninos e vivem intensamente as vitórias e derrotas da sua equipa. Parece-me também que os responsáveis benfiquistas gostam muito de se aproveitar do amor que os adeptos têm ao clube, mas esquecem-se que nem todos os sócios benfiquistas são cegos ou parvos.
Qualquer dia arrependem-se, já lá diz o ditado, água mole em pedra dura...

terça-feira, agosto 03, 2004

Insegurança Pública

Um dia destes sucedeu-me uma coisa curiosa e que dá que pensar. Ligaram-me a meio da noite de um dos clientes da minha empresa onde andamos a efectuar umas migrações de dados com a queixa de que teria havido um problema e que a minha presença seria necessária. Lá me dirigi eu então, embora algo contrariado, tinha acabado de subir de divisão no CM e não me estava nada a apetecer deixar o jogo a meio, ainda por cima numa fase tão importante da época como é o defeso. Mas enfim, isto quando toca a trabalho temos que nos aguentar.
Cheguei à porta das instalações do cliente, por sinal uma importante instituição do estado da qual vou obviamente omitir a identidade. Deviam ser umas 23:30, bati e fui recebido por um segurança que por acaso eu não conhecia. Logo senti que o sentimento era mútuo, até pela forma curiosa como me mirou, a modos que a pensar, "o que quererá este tipo a esta hora ?" Em tais situações tenho por hábito ser o mais sério e profissional possivel, identifico-me, digo ao que vou e fim de papo, mantendo sempre um mínimo de cordialidade como é óbvio. Nunca tive feitio para ser arrogante com ninguém. Desta vez porém decidi apostar numa aproximação mais amigável, para ver até onde poderia ir a coisa. Disse que tinha sido chamado, havia um problema numas máquinas lá para dentro, o segurança retorquiu que ninguém lhe tinha dito nada, eu brinquei com a situação afirmando que também não tinha vontade nenhuma de ali estar, deveria era já estar na caminha. Quantos filmes destes é que vocês já viram ? A táctica deu resultado, mandou-me entrar, fechou a porta e disse-me que tinha de assentar o meu nome. Porreiro, preparava-me eu para puxar do cartão que me identifica como funcionário da minha empresa quando o sujeito me diz com o ar mais bonacheirão do mundo : "Ora diga lá então o xenhôr qual é o seu nome ?". Já que era assim disse-lhe o nome, por acaso usei o verdadeiro, resisti a dizer que me chamava Horácio Furibúndo, o camarada assentou a hora de entrada, eu ensinei-o a escrever o nome da minha empresa que é uma coisa deveras difícil e com mais uma laracha que o deixou a rebolar de riso lá entrei eu no centro informático da casa, tendo desde logo livre acesso a centenas de milhares de euros em material informático e mais importante ainda, a uma bela base de dados cheia de informações sensiveis sobre cerca de 1.8 milhões de compatriotas.
Fiz o meu trabalho, saí para o lobby e dando de caras com o segurança perguntei se queria que eu assinásse a folha de entradas ao que me respondeu que "Não xenhôr, não era necessário..., isto tem é que ficar cá assente o nome de quem entra ou quem sai. Comigo isto é tudo muito organizadinho." Ainda bem, pensei eu, olha se não fôsse. Mais uma troca de palavras sobre o estado da vida, os tipos trabalhadores como nós é que se lixam enquanto os gajos lá de cima andam cheios de massa, enfim, saí com a sensação que tinha feito um novo amigo.
Confesso que achei a situação divertidissima mas esta atitude reflecte bem a forma de pensar e de estar na vida do Português típico, o trabalho é para ir fazendo, sem se chatear muito e de preferência sem chatear mais ninguém, nem sequer precisa saber muito bem o que faz ou a quantas anda desde que o ordenado pingue ao fim do mês. Exemplos como este em termos de (in)segurança fazem-me pensar que o Europeu de Futebol só não se tornou num banho de sangue porque os terroristas devem andar todos ocupados a estagiar para o próximo ataque aos americanos.
De realçar ainda que a referida instituição gastou aqui há uns anos uma bela soma em alarmes, portas de segurança com cartões codificados, protecções electrónicas nos acessos remotos à rede informática e mais uma catrefada de coisas que são simplesmente deitadas por terra por qualquer chico esperto que se apresente à porta com vontade de entrar...

Nota : Enquanto escrevo este post chove cupiosamente lá fora. Lindo, nada como trabalhar em Agosto com tempo húmido. E a malta que está de férias que se lixe!!!